FAZENDA DO LEITÃO
Fazenda do Leitão
A Fazenda do “Leitão”, hoje Museu ABILIO BARRETO, pertenceu a Francisco Luiz de Carvalho (nasc. 1818 + 3/1/1883) e foi casado com Francisca Cândida de Jesus (filha do Alferes Serafim Nogueira), sendo que tiveram 14 filhos.
Após o falecimento de Francisco Luiz de Carvalho a Fazenda do Leitão foi recebida como herança por Rita Maria de Jesus(Carvalho)(Dindinha Rita) casada com Cândido Lucio da Silveira. Aí nasceram seus cinco filhos, a saber, Francisco Cândido da Silveira casado com Maria de Matos Silveira avó do Jornalista Britaldo Silveira Soares, Joaquim Francisco Silveira casado com Maria Carvalho Diniz Silveira, Cândida Silveira Diniz casada com José André da Silva Diniz, Maria Silveira Matos casada com João de Deus Mattos e José Cândido da Silveira casado com Anna de Carvalho Silveira (sua prima).
Os filhos cresceram, os negócios iam bem, então eles resolveram construir uma bela casa de dois pavimentos para ser a sede da Fazenda. A casa, que não era muito grande, possuía ao lado, casa para escravos, que não eram muitos, com Nicolau, Generosa e Felicíssima, que continuaram na fazenda após a abolição da escravatura.
Esta casa hoje á a sede do Museu ABILIO BARRETO.
A Fazenda do Leitão possuía nos morros cafezais e a plantação de cana se fazia, principalmente, nos terrenos onde se localiza o “Minas Tênis Clube”.
A plantação de mandioca se fazia, em maior escala, nos terrenos onde se localiza a Assembléia Legislativa; possuía os tradicionais engenhos de “cana de açúcar”, a “farinha de mandioca”, de “pilão”, “moinho de fubá” e os produtos da fazenda eram transportados em tropas, conduzidas pelo capataz Manoel Cândido, para Sabará, Ouro Preto e Rio de Janeiro.
As terras da fazenda abrangiam os terrenos onde se localizam a Cidade Jardim, o bairro Santo Antônio, Lourdes e parte do Bairro Santo Agostinho.
Após a desapropriação da fazenda, a família se transferiu para a fazenda do Retiro Sagrado Coração de Jesus,de sua propriedade; em seus terrenos localizam-se hoje os Bairros da Graça, Silveira, Nova Floresta, Ozanam e Cidade Nova.
Ao deixar a fazenda do Leitão, Cândido Lúcio pós à disposição da Comissão Construtora os carros de bois para transportarem, a mudança de pessoas que, alegando falta de transporte, recusavam-se a desocupar suas casas, o que vinha atrasando os serviços da Comissão Construtora da Capital.
Candido Lucio da Silveira, em 1898, após a inauguração da cidade de Belo Horizonte, construiu uma loja nas esquinas das Ruas Tamoios e São Paulo, onde funcionou a loja “ A Realidade”, onde se vendia de tudo. O prédio tinha um esmero na sólida construção, levantada em amplo espaço, o sonho de permanência.
Flavio Edenlar Pereira da Silva – 2004
Bisneto de Candido Lucio da Silveira